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Uma experiência de capacitação com as equipes do estado de Minas Gerais

Se os cidadãos e usuários do SUAS vivem nos municípios, faz sentido uma capacitação sobre o trabalho com famílias para as equipes do governo estadual? Nós, da VeM, acreditamos fortemente que faz todo o sentido e que, por meio de encontros baseados em metodologias ativas e participativas, as equipes estaduais podem aprimorar o apoio técnico que fazem para os municípios.

Foi isso que aconteceu na formação sobre o trabalho social com famílias que realizamos envolvendo 150 trabalhadores da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE/MG). Ao longo de um ano, agrupadas em três turmas, as equipes tiveram  oportunidades de diálogos, ciclos de estudo, produções coletivas e troca de experiências com o Distrito Federal em 40 horas de atividades presenciais e virtuais.

Nosso grande desafio foi trabalhar o tema do trabalho social com famílias no SUAS com um público muito diverso, reunindo equipes de diferentes setores da gestão de várias subsecretarias – direitos humanos, direitos das mulheres, habitação e assistência social –  além dos CREAS regionais, diretorias regionais. Estamos cada vez mais convencidas: a diversidade é nossa maior riqueza e a construção coletiva canaliza essa potência!

Segundo a avaliação de uma participante:

“A maior contribuição desse curso foi perceber que nada está pronto quando se valoriza a construção coletiva.”

Oferecer apoio técnico aos municípios é uma atribuição importante do governo estadual e é fundamental que este apoio siga os princípios e diretrizes da educação permanente no SUAS. Entendemos que esse apoio técnico é uma via de mão dupla. De um lado, o apoio técnico é uma oportunidade valiosa para que a equipe estadual dissemine e alinhe concepções e conceitos fundamentais para o trabalho das equipes da Assistência Social nos municípios. Por outro lado, valorizar o conhecimento que vem dos municípios é fundamental para o aprimorar as decisões do governo do estado no que se refere ao financeiro, aperfeiçoamento das ações de educação permanente e das normativas que considerem a diversidade regional.

Ao final do processo, todas nós encerramos o ciclo formativo junto à Sedese-MG com uma certeza: a diversidade de um estado do tamanho de Minas Gerais apresenta enormes desafios, e também traz muitas oportunidades de fazer o SUAS acontecer, seguindo suas diretrizes e seus princípios, em realidades muito diferentes. Essa também foi a avaliação das participantes, sintetizada nesta frase:

“ A contribuição mais significativa desse curso foi  refletir a respeito das práticas que são reproduzidas no cotidiano e reescrever os caminhos em direção a um processo de trabalho mais eficiente e com maior impacto. Ações que realmente educam e práticas que estejam alinhadas com o contexto do estado de Minas Gerais.”

Como você, trabalhadora do SUAS, vê esse desafio das equipes estaduais para o fortalecimento da Assistência Social? Você conhece alguma iniciativa de educação permanente de alguma Secretaria Estadual de Assistência Social em outros estados? Comente aqui embaixo os desafios do governo do seu estado para fortalecer a política de Assistência Social.

Stela Ferreira, sócia diretora da Vira e Mexe

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