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Orgulho de ser servidora

Em cada canto da cidade e em cada secretaria encontramos servidores que têm suas vidas entrelaçadas à sua unidade de trabalho. São trabalhadores/as, em sua maioria, com longa carreira de prestação de serviço ao público.

Os serviços públicos e os/as servidores/as têm sido constantemente atacados, em muitas unidades estatais, e têm enfrentado inúmeras dificuldades para realizar o atendimento da população.

Servidores/as públicos/as, questionam, exigem, fundamentam a necessidade de investimento nas políticas públicas, apresentam dados reais da inadequação da gestão pública que prejudica, minimiza e limita o atendimento à população.

Inúmeros servidores/as adoecidos/as nos procuram no Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) porque querem trabalhar, atender com qualidade a população, mas não conseguem, tanto pela falta de condições estruturais, físicas, materiais quanto pela falta de recursos humanos que dê conta das demandas que a população apresenta.

O adoecimento dos/as servidores/as cresce vertiginosamente, uma vez que esses são regidos por um estatuto do funcionário público e seus respectivos códigos de ética e a administração pública busca formas de cercear e lhe incutir responsabilidades ou incumbências que lhes são afrontosas eticamente ou ferem seus deveres enquanto servidores/as.

O profissional formado em Serviço Social pode e atua nos mais diferentes espaços sócio-ocupacionais e politicas públicas, mas a atual prefeitura da capital paulista não fez qualquer diagnóstico que subsidie, comprovadamente, que esses profissionais são dispensáveis à administração pública e que não vão apresentar prejuízo e descontinuidade do atendimento à população a qual se destina o atendimento destes.

No entanto, fomos afrontadas com a aprovação da lei 17.841/22, que reestrutura todas as carreiras da prefeitura de São Paulo e extingue vários cargos, incluindo 1126 cargos de analistas de assistência e desenvolvimento social, no qual, nós assistentes sociais somos convocados por concurso público.

Há que se reconhecer a relevância e importância dos profissionais servidores para as políticas públicas. São eles e elas que percorrem as ruas e vielas de extremo a extremo dessa cidade, que conhecem as precariedades territoriais e acessam a miséria da população de forma subjetiva e material.

Se por ocasião do dia do servidor público não há muito o que celebrar nessa conjuntura desafiadora em que vivemos, há muito pelo que se indignar, se comprometer e reivindicar. Sobretudo, há muito pelo que reconhecer e valorizar as servidoras e servidores, que cotidianamente fazem a defesa da execução de uma política pública, se esforçam e lutam para que a proteção social seja oferecida a cada usuário/a que atendem. 

No dia do funcionário público temos que saber: estar aqui é uma escolha. Ser servidor ou servidora não é mero emprego para pagar as contas, é um compromisso e uma responsabilidade. Temos um compromisso com o serviço público e com a população.

A cada servidor/a que me alimenta e me fortalece, meu reconhecimento de sua importância e minha reverência por sua atuação.

Sigamos em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária. Há quem diga que é utopia, mas pra que serve a utopia se não para nos fazer caminhar? 

Sou Maria Mota, assistente social, residente na região Sul de São Paulo e, após 11 anos de atuação na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) em CRAS e CREAS, componho a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). 

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