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Supervisão com equipes da proteção básica em São Paulo

Numa iniciativa inédita na cidade de São Paulo, gerentes dos serviços da proteção social básica tiveram oportunidade de contratar a supervisão para equipes os Serviços de Assistência Social às Famílias (SASF), o que antes só era possível para as equipes da proteção especial

A supervisão foi desenvolvida com 45 trabalhadores da equipe de referência de três SASFs da região de Cidade Ademar no sul da capital paulista. Teve como ponto de partida as rodas de conversa nos locais de atuação destas equipes para facilitar a aproximação da Vira e Mexe desse cotidiano e favorecer a explicitação dos desafios cotidianos que mobilizam as equipes de SASF. 

“Foi a partir dessas rodas de conversa que traçamos a rota e firmamos nossos propósitos. As rodas nos permitiram reconhecer os impactos da pandemia nas relações cotidianas nos territórios e como elas estavam sendo notadas pelas equipes e favoreceram o diálogo sobre o quanto a pandemia alterou e reduziu a capacidade de proteção das famílias” explica Abigail Torres, sócia diretora da Vira e Mexe sobre o ponto de partida da formação que aconteceu de março a julho de 2022.

Para a Vira e Mexe foi muito motivador ter na mesma roda a presença de cozinheiras, auxiliares de limpeza, educadores sociais, profissionais de nível superior, gerentes dos serviços e técnicas de referência de CRAS. Como celebrou Lucas, um dos facilitadores neste projeto, “fizemos encontros entre pessoas e não de cargos.”

Ao longo das oficinas participativas, os trabalhadores ressignificaram suas trajetórias profissionais, sentindo-se parte de uma política pública de proteção social, conferindo sentido de pertencimento a um compromisso compartilhado entre equipes e com as famílias.

Com interesse e coragem, as equipes lançaram-se a um exercício prático para (re)conhecer os impactos da pandemia nas redes de apoio das famílias que acompanham. Encontraram diferentes formas de escutar e acolher narrativas de dor, de luto e também de resistência e força.

Todos saíram dessa experiência modificados: as mulheres acompanhadas pelos serviços sentiram-se acolhidas e reconectadas à equipe. Os trabalhadores do serviço, por sua vez, saíram dessa experiência mais seguros para lidar com os sofrimentos intensificados pela pandemia porque agora sabem, assim como os usuários, que não estão sós.

Abigail explica que a formação lançou uma semente para que o trabalho continue de forma independente e autônoma, com o protagonismo das equipes. “Processos de Educação Permanente precisam ser constantes para que possam ir gerando mudanças nos serviços. Como também é necessário que sejam desenvolvidos com metodologias participativas, para que as pessoas construam seu conhecimento lidando com desafios do seu trabalho e aprendendo no próprio processo vivenciado” conclui. 

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