
O que é “Segurança de Convívio na Proteção Social”
Há dez anos, quando buscamos aprofundar o entendimento sobre convivência como uma segurança de proteção no SUAS, passamos a analisar que relações sociais são uma construção histórica, que podem ser mudadas pelas pessoas e que traduzem se um lugar é mais civilizado e bom para se viver ou se é mais bárbaro e inseguro. A reflexão sobre os modos de conviver cotidianamente numa sociedade possibilitam observar as intolerâncias, as violências, o machismo, o racismo, enfim, as expressões de desigualdades. Esse debate reorienta a discussão sobre o trabalho voltado à convivência, anteriormente muito associado à criação de espaços para ocupar o tempo das pessoas por meio de um cardápio de atividades, nem sempre voltadas a combater as desigualdades. Para efetivamente exercer sua função de proteção social, o SUAS precisa reconhecer como se expressa a desproteção, tanto para os indivíduos quanto para os grupos. Para isso, é importante identificar quais desproteções são mais incidentes nos diferentes territórios da cidade, quais situações estão presentes nos modos de atendimento dos serviços públicos (que também geram desproteções e fomentam desigualdades), quais situações estão presentes na vivência familiar e nas relações privadas. Intensificar esses estudos propicia ao SUAS influenciar os modos de convivência, criando oportunidades de ... Continuar Lendo